sábado, 21 de fevereiro de 2009

Chapter One - Triana


Talvez se passasem séculos já, não sabia, a ciência do tempo era um luxo que a consiência não permitia ali no escuro daquela sela. Não sabia absolutamente nada sobre o que lhe rondava. E o pouco que a sua consciência permitia era destinado a não se perder em sua própria identidade, e até nisso já sentia nítida dificuldade. Quem poderia imaginar isso? Já sentia dificuldade pra saber quem ela própria era! Ela podia, e o fazia, e o vivia a cada dia desde o dia 19 de novembro de um ano que mesmo não sendo, lhe parecia longicuo e obscuro. Tudo começou neste dia, um dia que não se pode esquecer, o dia do seu aniversário.

Lembra-se como hoje, parece uma maldição que a única coisa das suas memórias que não se perdeu do Breu da sua subconsciência seja logo a mais terrível de suas lembranças. Suas memórias estavão frescas como se ainda estivesse lá. Sua saia verde limo que vinha insistindo pra que sua mãe comprasse e que hoje ela resolveu atender a súplica daquela criança de olhos verdes e boca fina. Foi correndo para o quintal de casa sorrindo, e gargalhando, de um sorriso tão límpido e gragalhava de maneira tão suave que quem ouvia dizia ser digno de uma fada ou de um ser de outro plano. Mais foi ai que começou o pesadelo. Tinha nove anos, sentiu a cabeça girar e o seu bolo de aniversário foi a última coisa que viu. Foi envolta por sombras dentro de sua própria consciência, e começou a ver, coisas, coisas que ninguém aguentaria ver, coisas a respeito de mortes, mortes sobrenaturais, planos sobrenaturais, correto seria mesmo dizer que ela via os planos do Destino. Mas, como toda criança daquela idade, Triana não entendeu o que se passava com ela, não entendeu o que o destino a reservará, e poucos anos mais tarde Triana amaldiçoou o destino pelo Dom que ele a deu. Dom? Não, o correto seria: Maldição.

Depois daquele dai nada foi normal. Sonhos a pertubavam a noite, mais não sonhos comuns sonhos comuns são até aceitaveis. Os sonhos de Triana eram terríveis! Sonhava com os desniveles do destino, em porte de figuras imaginárias que mesmo na mente mais fértil se puderá imaginar. Ela se desesperou. Como toda criança de sua idade. Seus pais confusos e talvez cegos a levaram de psicologo a psicologo de clinica a clínica e de religião a religião. E por fim encontraram uma clínica que a internou e lhe dava remédios controlados para que ela não sonha-se mais. Desde os noves anos seguia assim. Hoje tem 15 anos pelo menos é o que acha parou de contar quando completou 13, seus pais não a visitam mais e da vida que ela tinha só sobrou um passado que de tão distante já não se vê nem um vesquicio de sua existência.
Como que para interromper o obscuro de sua mente, a porta acochoada do sanatorio se abre e a primeira vez em tempos a luz invade o ambiente. Seus olhos não acostuamados a luz ardem com aquela invasão luminosa, uma sombra, uma silueta sobre a qual não se pode muito dizer bloqueia a luz e á passos mansos e largos aproximam-se. Ela sente uma leve picada no braço, para logo em seguida adormecer em um sono desprovido de sonhos malevolos.
NO² Revisão By - Thiago (thiago.carmoxd@hotmail.com) VLW Thics!!!

Um comentário:

  1. És de muito bom grado!
    Sua teoria em relação a este mundo que pouca gente conhece
    Faz-se passar por muito familiar!
    Tu descreve as sensações vividas como se eles ali existisse!


    Parabéns

    ResponderExcluir