sábado, 28 de fevereiro de 2009

Chapter Two - Gabriel


A aurora do dia acabara de surgir por entre as fendas do horizonte, revelando o por seguir de um dia glorioso. Na frente de um Dodge preto uma cena de tão bizarra parecia cômica, um homem sentado em seu capô acendia um cigarro nas cinzas recém formadas de um vampiro decapitado. Seu rosto refletia a tranquilidade de um velho senhor da guerra, título não compatível com a sua tenra idade de 26 anos.

Gabriel era seu nome. Nome talvez não seja a palavra correta a se usar para um apelido de infância, mas há tempos não revela seu nome. Retirou com um floreio a sua Magnum do bolso, conferiu as balas só para no instante seguinte recoloca-la no bolso com um floreio ensaiado. Preparou-se para deixar o local, cada segundo era importante e não deixar rastros era o objetivo principal, olhou de soslaio o cigarro em sua mão e fez um careta involuntária, atirou-o pra longe. Segue rumo ao carro em um movimento ágil e preciso que visava chegar a lateral do veículo e ao mesmo tempo evitar o monte de cinzas aonde se encontrara o corpo inerte e sem cabeça do vampiro alvo desta noite.

Girou a chave. O carro roncou com a euforia de uma tourada em fúria. Gabriel olhou mais uma vez seus olhos de cor negra no retorvisor, sabendo que essa poderia ter sido sua última caçada, sempre poderia. Seu corpo todo entrou em extasy com o ronco do motor, todo ele parecia estar sintonisado com o carro, o coração da máquina parecia se suprir do mesmo sopro vital que o mantinha em pé e, como um, eles aceleram rumo ao próximo serviço. Ele não sabia o que o esperava, nem mesmo sabia parte do que estava fazendo, fazia dois anos que perdera a consciência do seu “Eu” interior. Olhou em um calendário enorme em um outdoor perto da saída da cidade, o que viu o trouxe a dolorosa e ao mesmo tempo saborosa lembrança de uma passado, que mesmo querendo, não podia esqueçer, passado esse do qual ainda trazia marcas. Não queria lembrar desse passado, deixou-o para traz junto com a esperança de ter uma vida normal. Pegou no porta-luvas do carro uma carta que, de tantas vez que foi lida, tinha a aparência de aspecto frágil que qualquer coisa que enconste nela irá rasga-la em mil pedaços. Com o cuidado de quem tem em mãos o maior dentre os tesouros, ele o ergueu a frente dos olhos para revelar uma escrita frágil e ao mesmo tempo poderosa de uma mulher. Guardou-a denovo do lugar de onde nunca deveria ter sido tirada e pegou uma outra carta, essa sim não lhe trazia lembranças dolorosas de um passado mais lhe dava a informação nescessária para a nova caçada.


Nova Marsuiipe

End- Rua Novais Dutra – 302
Favor vir imediatamennte

Sabia, parcialmente, do que lhe aguardava e reconhecia a letra de seu informante o Jet, só não sabia o porque que escrevera para que e Garbiel viesse com urgência, isso sim o preocupava. Jet nunca mandou nada parecido e por mais sutil que pareça, o fato de ele ter mencionado isso passa a Gabriel a sensação de que algo de muito errado aconteceu. Puxou o freio de mão fazendo o pneu cantar sua melodia macabra numa rua semi-deserta e logo em seguida o fez acelerar fazendo a rua virar um inferno de fumaça e cheiro de borracha queimada, sem mais demora pegou a estrada para Nova Marsuiipe.


NO² - Revisão By Thiago (thiago.carmoxD@hotmail.com)

Um comentário:

  1. Cara que perfeito *-* , não sei fazer um comentário bem intelectual , mais ta massa , prende a atenção da gente , e sempre deixa aquele gostinho de quero mais , que nos leva a não querer parar de ler *-* parabéns xD

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