segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Chapter Four - Triana

Para que viver? A pergunta ressoava na sua mente desde que havia recobrado a consciência. Qual seria o real sentido de se viver? Porque se mantinha naquela condição desgraçada de existência, sempre confinada, sempre excluída? Não merecia também ela viver de maneira agradável? O que tinha Triana de tão diferente capaz de mover os céus contra sua alma, contra sua vida e dignidade. Sentiu apertar o peito a solidão e escarneceram dela as lamparinas do próprio juízo. Não se faz mais necessário seu respirar... Alias nunca se fez. Talvez seja essa á hora perder o juízo de uma vez. Sempre! Cada minuto da sua desgraçada e desgarrada existência, ouvia entre os soluços do choro de sua mãe a contestação de sua loucura! Façamos por valer o titulo! É hora da maior loucura de todas...

Blam! Os macabros pensamentos somem por um instante, naquela sala escura, no chão do qual nem ameaçara levantar, quando a adrenalina de começa a correr descontrolada pelas veias de Triana, o coração acelera e os ouvidos se aguçam. Pula de pé com todo o corpo preparado para um combate. As pupilas se dilatam na procura da luz em meio, aquelas trevas. Uma sombra pula de um canto da sala e o rato se revela. A sensação que se seguiu, foi uma das mais maravilhosas que se aconteceu. Sentiu os músculos relaxarem e uma ilusão de segurança se apoderou dela.

Seria assim Amar?

Wow! Reprimiu o pensamento! Só para no instante seguinte lembrar-se que era louca, e aos loucos são concedidos alguns privilégios, como o de não precisar explicar seus pensamentos. Sentir-se segura, sentir que tudo de mal já passou e que tudo o que passou não vai repetir e o mundo agora era mais agradável. Deus! Como um rato muda as coisas... Há segundos antes teria se matado. Talvez fosse mesmo louca...

Sorriu!

Sim, Sorriu! Há quanto tempo não fazia isso? Já não sabia. E não queria saber. Só o que sabia é que precisava Amar. Amar e ser Amada. E o sorriso no começo tímido, deu lugar a um prazer incompatível com a sela em que se encontrava. E a alegria esquentava o lugar e deixava a energia nas coisas, sentia que podia... Que podia até derreter as paredes com tanto calor irradiado de um sorriso. Uma luz... Uma luz saía das sombras... A parede dava aos poucos lugar para a luz. A temperatura subia. O chão tremia. E Booom!

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